Em março de 2018, a cidade de Veneza, o Grupo AVAM, a VERITAS Spa e a ENI assinaram um acordo para testar um projeto experimental baseado no uso do “Eni Diesel +” pela frota pública de barcos. O novo combustível da Eni é constituído por 15% de conteúdo renovável (óleo alimentar residual) que será fornecido à empresa de transportes públicos venezianos ao mesmo custo do gasóleo habitual. O principal objetivo deste acordo é testar novas tecnologias que ajudem a implementar a economia circular. 

Organismos signatários envolvidos neste acordo:

  • A Cidade de Veneza: coordenadora e promotora;
  • ENI: empresa de petróleo e gás que opera em Veneza continental, proprietária de uma refinaria Bio;
  • AVM Holding: líder local no setor de transporte público (com a ACTV como gestão local);
  • VERITAS: empresa pública que opera na cidade de Veneza e realiza a coleta de lixo;

Em Marghera, a ENI realizou a conversão de uma refinaria convencional em uma biorrefinaria. As matérias-primas de origem biológica, incluindo resíduos de óleo vegetal e gordura animal, são transformadas em biocombustíveis de alta qualidade denominados Enidiesel+.

O óleo alimentar residual produzido pelos cidadãos é recolhido pela VERITAS em vários caixotes de recolha espalhados pela Cidade (tanto no centro histórico como no continente) e levado para a biorrefinaria da Eni em Marghera para ser transformado em biodiesel (Eni Diesl+). Isso será usado pela ACTV como combustível para sua frota de barcos da lagoa.

Este acordo é importante para diminuindo a taxa de emissões atmosféricas e reduzindo os poluentes como óxidos de nitrogênio (NOX), partículas primárias e secundárias (PM10) e partículas ultrafinas (PM2.5) em Veneza. A eficiência da combustão também reduziu a taxa de reparo dos motores, reduzindo o consumo em até 4% graças ao seu alto valor calórico.

Estima-se que sejam economizados 3.13 toneladas de CO2e e 1.9 mc de água/ton para cada tonelada de biodiesel.

Quais foram os principais desafios?

O biodiesel é mais caro que o diesel tradicional. Para experimentar o conceito, a ENI forneceu à ACTV o seu biodiesel sem quaisquer custos adicionais.

Além disso, ACTV e ENI realizaram testes especiais em motores movidos a biodiesel de acordo com um protocolo de teste padrão para análise de emissões e consumo, em colaboração com a Universidade de Veneza Ca'Foscari e o Conselho Nacional de Pesquisa de Nápoles (CNR).

A VERITAS encarregou-se de atribuir as mesmas condições técnicas e económicas aos operadores que levarão o óleo usado recolhido (após purificação) para a biorrefinaria da ENI. 

Quais são os próximos passos?

O acordo deveria durar apenas sete meses, mas graças ao seu sucesso, o acordo ainda está em vigor. Além disso, a Veritas se inspirou nos resultados desse experimento com biocombustíveis e tem a intenção de começar a usar o biodiesel em sua frota própria. A biorrefinaria da ENI prevê aumentar a sua capacidade de processamento para cerca de 560,000 toneladas de petróleo até 2021. Com isso, a ENI aumentará a sua quota de matérias-primas derivadas de resíduos da produção alimentar, com uma produção total de gasóleo verde que atingirá cerca de 420,000 toneladas/ano.

Links para mais informações (em italiano)

Fale detalhes:  

Cidade de veneza

Departamento de Projetos Estratégicos e Ambientais

Localização: Campo Manin – S.Marco 4023 – 30124 Veneza 

telefone +39 041 274 7974

servizio.ambiente@comune.venezia.it

site: comune.venezia.it/clima

Benefícios
  • Rentabilidade
  • Responsabilidade
  • Saúde
Impacto chave
Este projeto demonstra como as novas tecnologias são usadas para implementar a economia circular. Resíduos de óleos vegetais e gorduras animais, são transformados em biocombustíveis de alta qualidade, prontos para abastecer a frota veneziana sem custo adicional
Redução de Emissões
Economia de 3.13 toneladas de CO2 eq para cada tonelada de biodiesel (estimada)
Como
Março de 2018
Investimentos iniciais
186 milhões de euros
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